O que olhamos e vemos quando dirigimos? Quando estamos no computador, no celular, dentro do ônibus, no metrô, andando? A distração não nos direciona o olhar. Aquilo que está ao nosso redor, não nos interessa de fato.
Nesse sentido, por que então visão periférica? Justamente para começar a reparar os locais que andamos e vemos – o entorno – permitindo perceber e processar informações fora do
nosso campo de visão central, a área ao redor do ponto focal.
Para os estudiosos de cinema, visão periférica é utilizada para criar uma sensação de imersão ao público, tornando a experiência do filme mais realista e envolvente, enfatizando detalhes importantes ou intensificando a atmosfera, como enquadramento, edição, efeitos especiais e outros recursos visuais que servem para guiar o olhar do público.
Nessa exposição contaremos com três tipos de linguagens e narrativas. Digo narrativas porque PinkPeter nos trará argumentos narrativos por ações sequenciais, como uma roteirização em busca de um acontecimento. Isso se evidenciará a partir das escolhas das linguagens de cada artista e suas especificidades. Assim também com Carlos Evangelista e os artistas convidados Kiko e ARM.
Com duas multimidias, os processos de conexão do vídeo com outros signos ou com outras linguagens surtirá em novas relações de sentidos. De acordo com Cristine Melllo, “é por
meio de uma construção sígnica complexa que esses processos interconectam o vídeo com múltiplas ações criativas em um mesmo trabalho de arte, constituindo, dessa forma, um estado transformador da arte”.
